Continuando o resumo do livro Desvendando os Segredos da Linguagem Corporal.
Avaliação e Fraude
Os sinais de mentira menos confiáveis são aqueles sobre os quais o mentiroso tem maior controle, como as palavras, passíveis de serem ensaiadas. Os indicadores mais seguros para saber se uma pessoa está mentindo são os gestos que ela faz automaticamente, porque sobre estes ela tem pouco ou nenhum controle.
Não existe movimento ou expressão facial ou esgar que garanta que a pessoa está mentindo. Mas aprender a reconhecer os vários grupos gestuais pode aumentar sensivelmente as suas chances de identificar uma mentira.
Gestos comuns associados à mentira
Tapar a boca
A mão cobre a boca porque o cérebro a instrui subconscientemente a reprimir as palavras enganosas que estão sendo ditas. Às vezes este gesto é feito com os dedos ou até com o punho fechado sobre a boca, mas seu significado é sempre o mesmo. Algumas pessoas tentam disfarçar este gesto simulando tosse. Se a pessoa cobrir a boca enquanto você fala, é sinal de que ela talvez ache que você está escondendo algo.
Tocar o nariz
Este gesto pode consistir tanto em dar um único toque rápido e quase imperceptível no nariz quanto umas esfregadelas embaixo dele. As mulheres fazem este gesto com toques mais discretos do que os homens, talvez para não borrar a maquiagem.
Coceira no nariz
Esfregar os olhos
Esfregar os olhos é uma ação com que o cérebro tenta bloquear as coisas enganosas, duvidosas ou desagradáveis que a pessoa vê ou evita olhar para o rosto da pessoa para quem está mentindo.
Pegar na orelha
Colocar a mão em volta ou sobre a orelha, ou cutuca o lóbulo para tentar bloquear as palavras que está ouvindo. Também pode ser um sinal de que a pessoa já ouviu o suficiente ou de que não quer falar. Tal como tocar o nariz, pegar na orelha é um gesto usado por pessoas que estão ansiosas.
Coçar o pescoço
O dedo indicador, geralmente da mão direta, coça a parte lateral do pescoço abaixo do lóbulo da orelha. Este é um sinal de dúvida ou incerteza, característico da pessoa que diz: “eu não sei se estou de acordo”. É um gesto muito claramente negado pela linguagem verbal, por exemplo, quando a pessoa diz algo do tipo “eu entendo como você se sente”. Coçar o pescoço indica que ela não entende.
Afrouxar o colarinho
As pessoas que se sentem em dúvida coçam o pescoço como dá uma boa razão para o fato de alguns indivíduos afrouxarem o colarinho quando suspeitam ter sido apanhados numa mentira.
A pessoa que se sente irada ou frustrada precisa também afrouxar o colarinho para deixar circular ar fresco. Quando você vir alguém fazendo este gesto, pergunte: “você poderia repetir o que acabou de dizer?”, ou “você pode explicar melhor, por favor?”. Talvez assim o suposto mentiroso desista do jogo.
O dedo na boca
Cigarros, cachimbos, canetas e copos, além, é claro, de mascar chiclete. A maioria dos gestos de levar a mão à boca pode ser associada à mentira, mas o dedo na boca é o indício exterior de uma necessidade interior de reasseguramento. Proporcionar a sim mesmo segurança é um movimento positivo.
Tédio
Quando o ouvinte usa a mão para apoiar a cabeça, é sinal de que o tédio se estabeleceu. Apoiar a cabeça na mão é o recurso usado pelo ouvinte para não dormir. O grau de tédio é relativo à maneira como o ouvinte usa o braço e a mão para sustentar a cabeça. Geralmente ele começa usando o polegar para apoiar o queixo e depois, à medida que o interesse declina, o punho. A cabeça totalmente apoiada na mão demonstra uma grande falta de interesse no discurso, que atinge o seu auge quando a cabeça fica apoiada nas duas mãos, os olhos se fecham e aparecem claros sinais de ronco.
Tamborilar com os dedos na mesa e bater continuamente com os pés no chão são gestos muitas vezes interpretados por oradores profissionais como indicadores de tédio, quando na verdade soa sinais de impaciência.
Gestos de avaliação
A postura de avaliação característica é a mão fechada encostada no queixo ou na face, muitas vezes com o dedo indicador apontado para cima. Quando a pessoa começa a perder o interesse ou a se sentir entediada, mas, por cortesia, ainda quer parecer atenta, esta posição é alterada de maneira a que a base da mão aberta apóie a cabeça.
Demonstrar-se um verdadeiro interesse pousando levemente a mão na face, em vez de usá-la para apoiar a cabeça. Quando o polegar apóia o queixo e o dedo indicador repousa verticalmente sobre a face, o ouvinte está tendo pensamentos críticos ou negativos a respeito do orador ou do seu tema. A continuação dos pensamentos negativos pode fazer com que a pessoa esfregue ou leve repetidamente as mãos aos olhos.
Ao perceber estes gestos o orador atento deve partir para uma ação imediata, seja envolvendo o ouvinte no que ele está dizendo ou simplesmente encerrando a palestra.
Alisar o queixo
A pessoa que alisa o queixo está passando por um processo de tomada de decisão. Quando você pergunta ao interlocutor qual é sua decisão e ele se põe a alisar o queixo, os gestos seguintes indicarão se ela é positiva ou negativa. A melhor estratégia é ficar calado e observá-los. Se depois de alisar o queixo ele cruzar os braços e as pernas e se recostar na cadeira, pode ter certeza de que a resposta será “não”. Desta forma, você tem a oportunidade de insistir nas vantagens da sua proposta antes que o outro verbalize um “não”, o que dificulta o fechamento de um acordo.
Se depois de alisar o queixo o interlocutor inclinar-se para a frente com os braços abertos, ou se estender a mão para pegar a sua proposta ou amostra, são boas as chances de receber um “sim”.
Grupos gestuais de adiamento
Pessoas que usam óculos costumam, em vez de alisar o queixo, tomar decisões usando um grupo gestual de avaliação que consiste em tirar os óculos e colocar um dos braços da armação na boca.
Pessoa que fumam soltam uma baforada. Já as que colocam a caneta ou o dedo na boca quando você lhes pede uma decisão demonstram insegurança e necessidade de afirmação. Levar um objeto à boca ajuda a pessoa a resistir à premência de dar uma resposta imediata.
Gestos de tédio, avaliação e tomada de decisão às vezes aparecem combinados, cada um deles mostrando diferentes componentes da atitude da pessoa.
Coçar a cabeça
A sensação de ameaça ou de raiva provoca em nós uma espécie de comichão na parte de trás do pescoço. Para aplacar o comichão, geralmente esfregamos a mão sobre a área.
Ao bater na testa, a pessoa sinaliza que não se sente intimidada pelo fato de ter esquecido algo. Ao bater na parte de trás do pescoço pra aplacar o comichão, ela está se castigando pela falta e acusando você pelo sentimento de culpa que desperta nela.
É razoável supor que, quando uma pessoa faz algum dos gestos de levar a mão ao rosto mencionados, um pensamento negativo tenha passado em sua cabeça. A questão é: que tipo de pensamento negativo? Pode se tratar de dúvida, desconfiança, incerteza, exagero, apreensão ou de uma mentira deslavada. A verdadeira arte é saber identificar corretamente o gesto negativo. E a maneira mais segura de se chegar a uma conclusão acertada é observar os gestos que precedem o de levar a mão ao rosto para interpretá-lo corretamente.
Avaliação e Fraude
Os sinais de mentira menos confiáveis são aqueles sobre os quais o mentiroso tem maior controle, como as palavras, passíveis de serem ensaiadas. Os indicadores mais seguros para saber se uma pessoa está mentindo são os gestos que ela faz automaticamente, porque sobre estes ela tem pouco ou nenhum controle.
Não existe movimento ou expressão facial ou esgar que garanta que a pessoa está mentindo. Mas aprender a reconhecer os vários grupos gestuais pode aumentar sensivelmente as suas chances de identificar uma mentira.
Gestos comuns associados à mentira
Tapar a boca
A mão cobre a boca porque o cérebro a instrui subconscientemente a reprimir as palavras enganosas que estão sendo ditas. Às vezes este gesto é feito com os dedos ou até com o punho fechado sobre a boca, mas seu significado é sempre o mesmo. Algumas pessoas tentam disfarçar este gesto simulando tosse. Se a pessoa cobrir a boca enquanto você fala, é sinal de que ela talvez ache que você está escondendo algo.
Tocar o nariz
Este gesto pode consistir tanto em dar um único toque rápido e quase imperceptível no nariz quanto umas esfregadelas embaixo dele. As mulheres fazem este gesto com toques mais discretos do que os homens, talvez para não borrar a maquiagem.
Coceira no nariz
Esfregar os olhos
Esfregar os olhos é uma ação com que o cérebro tenta bloquear as coisas enganosas, duvidosas ou desagradáveis que a pessoa vê ou evita olhar para o rosto da pessoa para quem está mentindo.
Pegar na orelha
Colocar a mão em volta ou sobre a orelha, ou cutuca o lóbulo para tentar bloquear as palavras que está ouvindo. Também pode ser um sinal de que a pessoa já ouviu o suficiente ou de que não quer falar. Tal como tocar o nariz, pegar na orelha é um gesto usado por pessoas que estão ansiosas.
Coçar o pescoço
O dedo indicador, geralmente da mão direta, coça a parte lateral do pescoço abaixo do lóbulo da orelha. Este é um sinal de dúvida ou incerteza, característico da pessoa que diz: “eu não sei se estou de acordo”. É um gesto muito claramente negado pela linguagem verbal, por exemplo, quando a pessoa diz algo do tipo “eu entendo como você se sente”. Coçar o pescoço indica que ela não entende.
Afrouxar o colarinho
As pessoas que se sentem em dúvida coçam o pescoço como dá uma boa razão para o fato de alguns indivíduos afrouxarem o colarinho quando suspeitam ter sido apanhados numa mentira.
A pessoa que se sente irada ou frustrada precisa também afrouxar o colarinho para deixar circular ar fresco. Quando você vir alguém fazendo este gesto, pergunte: “você poderia repetir o que acabou de dizer?”, ou “você pode explicar melhor, por favor?”. Talvez assim o suposto mentiroso desista do jogo.
O dedo na boca
Cigarros, cachimbos, canetas e copos, além, é claro, de mascar chiclete. A maioria dos gestos de levar a mão à boca pode ser associada à mentira, mas o dedo na boca é o indício exterior de uma necessidade interior de reasseguramento. Proporcionar a sim mesmo segurança é um movimento positivo.
Tédio
Quando o ouvinte usa a mão para apoiar a cabeça, é sinal de que o tédio se estabeleceu. Apoiar a cabeça na mão é o recurso usado pelo ouvinte para não dormir. O grau de tédio é relativo à maneira como o ouvinte usa o braço e a mão para sustentar a cabeça. Geralmente ele começa usando o polegar para apoiar o queixo e depois, à medida que o interesse declina, o punho. A cabeça totalmente apoiada na mão demonstra uma grande falta de interesse no discurso, que atinge o seu auge quando a cabeça fica apoiada nas duas mãos, os olhos se fecham e aparecem claros sinais de ronco.
Tamborilar com os dedos na mesa e bater continuamente com os pés no chão são gestos muitas vezes interpretados por oradores profissionais como indicadores de tédio, quando na verdade soa sinais de impaciência.
Gestos de avaliação
A postura de avaliação característica é a mão fechada encostada no queixo ou na face, muitas vezes com o dedo indicador apontado para cima. Quando a pessoa começa a perder o interesse ou a se sentir entediada, mas, por cortesia, ainda quer parecer atenta, esta posição é alterada de maneira a que a base da mão aberta apóie a cabeça.
Demonstrar-se um verdadeiro interesse pousando levemente a mão na face, em vez de usá-la para apoiar a cabeça. Quando o polegar apóia o queixo e o dedo indicador repousa verticalmente sobre a face, o ouvinte está tendo pensamentos críticos ou negativos a respeito do orador ou do seu tema. A continuação dos pensamentos negativos pode fazer com que a pessoa esfregue ou leve repetidamente as mãos aos olhos.
Ao perceber estes gestos o orador atento deve partir para uma ação imediata, seja envolvendo o ouvinte no que ele está dizendo ou simplesmente encerrando a palestra.
Alisar o queixo
A pessoa que alisa o queixo está passando por um processo de tomada de decisão. Quando você pergunta ao interlocutor qual é sua decisão e ele se põe a alisar o queixo, os gestos seguintes indicarão se ela é positiva ou negativa. A melhor estratégia é ficar calado e observá-los. Se depois de alisar o queixo ele cruzar os braços e as pernas e se recostar na cadeira, pode ter certeza de que a resposta será “não”. Desta forma, você tem a oportunidade de insistir nas vantagens da sua proposta antes que o outro verbalize um “não”, o que dificulta o fechamento de um acordo.
Se depois de alisar o queixo o interlocutor inclinar-se para a frente com os braços abertos, ou se estender a mão para pegar a sua proposta ou amostra, são boas as chances de receber um “sim”.
Grupos gestuais de adiamento
Pessoas que usam óculos costumam, em vez de alisar o queixo, tomar decisões usando um grupo gestual de avaliação que consiste em tirar os óculos e colocar um dos braços da armação na boca.
Pessoa que fumam soltam uma baforada. Já as que colocam a caneta ou o dedo na boca quando você lhes pede uma decisão demonstram insegurança e necessidade de afirmação. Levar um objeto à boca ajuda a pessoa a resistir à premência de dar uma resposta imediata.
Gestos de tédio, avaliação e tomada de decisão às vezes aparecem combinados, cada um deles mostrando diferentes componentes da atitude da pessoa.
Coçar a cabeça
A sensação de ameaça ou de raiva provoca em nós uma espécie de comichão na parte de trás do pescoço. Para aplacar o comichão, geralmente esfregamos a mão sobre a área.
Ao bater na testa, a pessoa sinaliza que não se sente intimidada pelo fato de ter esquecido algo. Ao bater na parte de trás do pescoço pra aplacar o comichão, ela está se castigando pela falta e acusando você pelo sentimento de culpa que desperta nela.
É razoável supor que, quando uma pessoa faz algum dos gestos de levar a mão ao rosto mencionados, um pensamento negativo tenha passado em sua cabeça. A questão é: que tipo de pensamento negativo? Pode se tratar de dúvida, desconfiança, incerteza, exagero, apreensão ou de uma mentira deslavada. A verdadeira arte é saber identificar corretamente o gesto negativo. E a maneira mais segura de se chegar a uma conclusão acertada é observar os gestos que precedem o de levar a mão ao rosto para interpretá-lo corretamente.