terça-feira, 20 de novembro de 2007

Diferenças de gênero

Update: o comercial não é da Suvinil, conforme anunciei anteriormente, e sim, da Coral.

Está circulando na televisão um comercial da Coral Tintas que mostra um menino feliz e preocupado com a chegada de uma irmãzinha: feliz com o crescimento da família e preocupado com a reforma da casa e com uma suposta invasão de sua vida pela irmã.

Os preparativos da casa para este novo membro da família incluem a compra de novos móveis e a pintura do quarto. O garoto imagina sua vida toda rosa: a divisão das peças de roupa, inclusive seu uniforme do futebol, as paredes, os móveis, tudo cor de rosa. O grande momento é quando ele vê o resultado, ficando aliviado e feliz, já que a pintura do quarto tinha sido dividida em duas, uma rosa e outra azul.

Veja o comercial:


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Durante muito tempo, todas as atividades relacionadas à manutenção da casa eram de responsabilidade dos homens. Pequenos consertos, desentupimento dos ralos, uma instalação elétrica, trocas de maçanetas e a pintura da casa. Mas com as recentes mudanças na composição familiar (desde o fim da Segunda Guerra), as mulheres estão cada vez mais chefiando os lares ocidentais. Mães solteiras e com dupla jornada estão assumindo tarefas anteriormente exercida pelos homens.

Pensando nisso, a Coral apostou neste comercial, não abordando as características técnicas do produto, como seria normalmente feito para os homens, mas mostrando seu resultado nas pessoas. O tema do comercial foi a felicidade da família, principalmente do filho, que esta preocupado com o futuro de sua vida.

Um comercial genial, que atingiu perfeitamente o público a que se prestou.

Os homens estariam interessados nas características técnicas da tinta, a tecnologia empregada no seu desenvolvimento, o processo produtivo, sua composição. Para as mulheres, o que realmente importa é o impacto disso tudo na vida das pessoas, principalmente na sua família e no seu círculo de amizades.

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E já que novamente as diferenças de gêneros foram abordadas em sala de aula, estou disponibilizando um pequeno resumo do capítulo 2 do livro Marketing para Mulheres. Realmente abordagens diferentes devem ser utilizadas para homens e mulheres. Divirtam-se.

O hormônio masculino: alguns cientistas chamam a testosterona de “super-T”. E esse vilãozinho é o principal culpado quando se trata das características de personalidade atribuídas ao masculino: agressividade, excesso de confiança, tendência dominadora, competitividade, capacidade de se arriscar e espírito de aventura.

Os hormônios femininos: o estrogênio, o principal hormônio feminino, tem dois papéis: (1) níveis elevados de estrogênio estão associados a fortes sentimentos de proteção, abrigo e nutrição – e proporcionam grande satistação em atividades como cuidar da casa e dos membros da família; e (2) o hormônio também age para suprimir os efeitos da testorsterona que as mulheres geram. Quando os níveis de estrogênio são mais baixos (e, portanto, a testosterona reina mais livremente), as mulheres se tornam mais competitivas, melhoram as suas habilidades matemáticas e espaciais e se tornam mais suscetíveis a um comportamento agressivo – exatamente como os homens.

A progesterona, outro hormônio feminino, também provoca surtos de sentimentos maternais de cuidado e atenção. É liberada quando uma mulher vê um bebê, não só o seu. Na verdade, quando a mulher vê qualquer “forma capaz de liberar hormônios” – qualquer coisa com bracinhos e perninhas gordinhos, corpinho roliço, cabeça grande e olhos grandes (como um ursinho de pelúcia), a progesterona é liberada e o instinto materno é estimulado.

A oxitocina, hormônio que provoca “uma sensação de parceria e impulso de cuida de uma criança”, inunda o sistema durante o trabalho de parto e o nascimento do bebê – e também numa outra circunstância crucial: quando a mulher está sob estresse. As mulheres estressadas liberam ainda mais oxitocina do que adrenalina, e com isso provocam uma necessidade urgente de interação interpessoal. Isso provoca uma coisa que as mulheres sempre souberam: nada como uma amiga para conversar quando a gente teve um dia difícil.

Além do estrogênio, da progesterona e da oxitocina, há também a serotonina, hormônio que está inversamente relacionado ao comportamento arriscado. As mulheres possuem mais serotonina do que os homens, e mais áreas receptoras de serotonina no cérebro, o que abafa as compulsões por aventura e o comportamento exibicionista que provavelmente se origina na testosterona.

Conectividade do cérebro: o cérebro das mulheres tem mais conexões que os dos homens. Os cientistas acreditam que isso possa explicar a propensão das mulheres a pensar holisticamente, assim como sua capacidade de expressar melhor suas emoções, já que está ligada aos centros emocionais do cérebro.

Pensamento contextual: psicólogos relatam que as mulheres pensam mais regularmente em termos contextuais e holísticos; elas relacionam os elementos que vêem uns com os outros e os integram num “todo” mais amplo. Pode-se dizer que os homens são os analistas (eles destrincham as coisas), enquanto as mulheres são as sintetizadoras (reúnem as coisas).

Movidas a gente: as mulheres sempre foram mais orientadas para as pessoas do que os homens. As garotas conversam mais sobre as pessoas em sua vida, enquanto a tendência dos rapazes é conversar sobre esportes, política, provas e trabalhos de classe.

Inclinação para o verbal: as mulheres têm mais fluência verbal que os homens.

A maneira de os homens se aproximarem das pessoas é fazendo coisas em conjunto, enquanto as mulheres se aproximam conversando. Quando os homens querem passar algum tempo com os amigos eles jogam bola, vão pescar ou assistir a um jogo juntos. As mulheres, por sua vez, acham que o mais importante no ato de estar juntas e conversar.

As mentes masculinas: coisas e teoremas. O que os homens consideram fascinante e importante – e além de tudo mais fácil de realizar – são o que um pesquisador definiu “coisas e teoremas”. Entre as “coisas” estão as habilidades mecânicas e espaciais; entre os “teoremas”, a aptidão para a matemática e princípios abstratos.

Quando se trata de resolver situações interpessoais complexas, as mulheres costumam basear sua reflexão em exemplos e na experiência pessoal, enquanto os homens tendem mais a pensar em termos de ideais de certo e errado, justiça, imparcialidade ou dever.

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