Stallone fez recentemente alguns comentários sobre o Brasil que deixou muita gente indignada. Não estou aqui para defendê-lo, mas acho que algumas pessoas dão muita atenção para coisas pouco importantes. De qualquer forma, nem tudo que ele disse foi tão absurdo assim.
Ele falou da violência da cidade e da necessidade de 70 seguranças para garantir o bem estar de sua equipe. Os críticos brasileiros desta declaração esqueceram de mencionar que, mesmo assim, uma filmadora de vinte mil reais foi furtada durante as gravações.
Stallone também discorreu sobre o símbolo do BOPE: "os policiais de lá usam camisetas com uma caveira, duas armas e uma adaga cravada no centro. Já imaginou se os policiais de Los Angeles usassem isso? Já mostra o quão problemático é aquele lugar". Agora eu pergunto: existe alguma mentira no que foi dito? O Rio é uma cidade problemática, sim. Os policiais usam armas e táticas de guerra para enfrentar o narcotráfico. Os números de vítimas se equipara ao de países em conflito. Nossa indignação deveria se voltar contra isso.
Mas o objetivo deste texto não é comentar as declarações do Stallone, apenas lembrei dele em um filme que cito logo abaixo.
Recentemente alguns projetos de lei estão causando tanta polêmica quanto as declarações do Rambo. Um deles foi a proibição das palmadas nos filhos. Fui criado com um chinelo aquecendo meu traseiro quando fazia algo errado. Isso não me causou nenhum problema psicológico e muito menos me tornou uma pessoa violenta. Espancar uma criança é uma coisa completamente diferente, mas esse ato já é proibido em outras legislações.
Agora querem proibir o palavrão nos estádios de futebol. Depois de acabarem com a venda de bebidas alcoólicas, querem tentar defender a honra da mãe do juiz.
Na verdade, isso é uma tentativa de "educar" o cidadão para a Copa do Mundo, para que os estrangeiros não vejam os brasileiros como um bando de loucos mal educados e que dão macacos de presente para os outros. O problema é por aqui tudo é feito na base da canetada, por isso a alta quantidade de letra morta, ou seja, leis que só existem no papel, que não são cumpridas.
Vejo uma tendência moralizadora que me lembrou o filme O Demolidor, com o já citado astro Hollywoodiano. Na Los Angeles de 2032 até o sal é proibido, já que é prejudicial à saúde. O polêmico herói, então, salva mais uma vez o dia e derruba o sistema.
Apesar da polêmica declaração, eu recorreria a ele para, com socos e pontapés, acabar com essa onda do politicamente correto.
Eu editei algumas cenas do filme que ilustram bem esse texto.