Annie Leonard, criadora do The Story of Stuff Project, disponibilizou mais um vídeo da série: A Históira do Cap and Trade, o comércio de carbono.
Quem acompanha esse blog já conhece os dois primeiros, A História das Coisas e A História da Água Engarrafada. O primeiro é mais geral, fala de todas as etapas da cadeia de abastecimento (supply chain) e como o seu atual modelo linear está contribuindo para destruir o planeta. O mais impressionante é que o curso de MBA em marketing da FVG, o melhor do Brasil e um dos melhores do mundo, ainda ensina desta forma. Annie Leonard propõe um modelo circular, com os dejetos voltando para o início do ciclo, se tornando novamente matéria-prima para outros produtos.
Agora Leonard está criando outros filmes que explicam com mais detalhes tudo que foi abordado no primeiro. Na seqüencia vieram o A História da Água Engarrafada, A História dos Cosméticos e A História do Cap and Trade (os dois últimos podem ser assistidos logo abaixo). Até o final do ano estará pronto A História dos Eletrônicos.
No filme sobre os cosméticos ela aborda a alta quantidade de químicos tóxicos em produtos de beleza e em mamadeiras. Semana passada assisti uma reportagem na Record (infelizmente não está disponível na internet, mas assista esta veiculada no Jornal Hoje) que abordou justamente este tema, mostrando que no Brasil não existem fabricantes de mamadeiras de vidro, a mais recomendada, e que apenas são produzidas exemplares de plástico, muitas delas prejudiciais aos bebês. A consumidora mostrada na matéria teve que importar uma para alimentar seu filho sem colocar sua saúde em risco. Uma busca rápida no Google mostra que existem muitas referências ao assunto e o Canadá já está adotando medidas proibitivas. Eu vejo um mercado em potencial por aqui, que além de render um bom dinheiro pode ajudar a conscientizar a população para que exijam outros produtos saudáveis.
Em A História do Cap and Trade (comércio de carbono) é mostrado que, ao contrário do que muita gente pensa, existem muitas brechas nas entrelinhas que já estão permitindo o aumento nas emissões de carbono com financiamento público, ou seja, com nosso dinheiro.