Em tempos do politicamente correto, os profissionais de marketing e publicidade precisam ficar atentos às formas como abordam suas campanhas.
O Doritos está sofrendo retaliações através de boicotes e denúncia ao CONAR de grupos que defendem os direitos dos homossexuais por conta de um comercial que está sendo veiculado na televisão. No comercial, um adolescente se empolga dentro do carro quando a música YMCA começa a tocar. Seus amigos olham estranhamente para ele e termina com o slogan: “quer dividir alguma coisa com seus amigos? Divida um Doritos” (saiba mais).
Mas você sabe como começou essa onda do politicamente correto?
Segundo Naomi Klein, surgiu nas universidades estadunidenses no início da década de 80, depois do término da Guerra do Vietnã. Durante os anos 70 esta guerra foi o tema preferido dos estudantes em busca de mudanças na sociedade, diante de uma rebeldia e contestação característica dos jovens.
Quando a guerra acabou, esses jovens precisaram achar um novo alvo de suas campanhas e escolheram a política da representatividade, inicialmente colocando a mídia como grande responsável pelos problemas da sociedade.
Eles acreditavam que se houvesse mais negros nos comerciais de televisão, se os gays deixassem de ser estereotipados nos humorísticos, se existissem cotas e percentuais nas grades das emissoras que representassem estatisticamente os mais diversos grupos étnicos da sociedade, os males enfrentados por essas minorias historicamente discriminadas acabariam. Foi nesse contesto que surgiu o politicamente correto, em que quase tudo pode ser identificado como preconceito e alvo da fúria desses grupos.
O mundo mudou e a mídia já está mais democrática. Essas minorias (que em muitos casos deixaram de ser minorias) estão realmente, aos poucos, sendo encaradas de uma nova forma, e os comportamentos discriminatórios estão cada vez mais sendo condenados.
O que não mudou nesse tempo foi a pobreza. Os negros possuem mais representatividade na mídia mas continuam mais pobres. Por isso o novo alvo dos estudantes é a globalização e seu sistema de produção predatório, que coloca o lucro acima de vidas humanas e da saúde do planeta.
Leia mais:
A história das coisas
Pior que a homofobia só a veadagem
O Doritos está sofrendo retaliações através de boicotes e denúncia ao CONAR de grupos que defendem os direitos dos homossexuais por conta de um comercial que está sendo veiculado na televisão. No comercial, um adolescente se empolga dentro do carro quando a música YMCA começa a tocar. Seus amigos olham estranhamente para ele e termina com o slogan: “quer dividir alguma coisa com seus amigos? Divida um Doritos” (saiba mais).
Mas você sabe como começou essa onda do politicamente correto?
Segundo Naomi Klein, surgiu nas universidades estadunidenses no início da década de 80, depois do término da Guerra do Vietnã. Durante os anos 70 esta guerra foi o tema preferido dos estudantes em busca de mudanças na sociedade, diante de uma rebeldia e contestação característica dos jovens.
Quando a guerra acabou, esses jovens precisaram achar um novo alvo de suas campanhas e escolheram a política da representatividade, inicialmente colocando a mídia como grande responsável pelos problemas da sociedade.
Eles acreditavam que se houvesse mais negros nos comerciais de televisão, se os gays deixassem de ser estereotipados nos humorísticos, se existissem cotas e percentuais nas grades das emissoras que representassem estatisticamente os mais diversos grupos étnicos da sociedade, os males enfrentados por essas minorias historicamente discriminadas acabariam. Foi nesse contesto que surgiu o politicamente correto, em que quase tudo pode ser identificado como preconceito e alvo da fúria desses grupos.
O mundo mudou e a mídia já está mais democrática. Essas minorias (que em muitos casos deixaram de ser minorias) estão realmente, aos poucos, sendo encaradas de uma nova forma, e os comportamentos discriminatórios estão cada vez mais sendo condenados.
O que não mudou nesse tempo foi a pobreza. Os negros possuem mais representatividade na mídia mas continuam mais pobres. Por isso o novo alvo dos estudantes é a globalização e seu sistema de produção predatório, que coloca o lucro acima de vidas humanas e da saúde do planeta.
Leia mais:
A história das coisas
Pior que a homofobia só a veadagem