Todo mundo conhece alguma das chamadas “teorias de conspiração”, que fazem com que nós, simples seres humanos, desconheçamos toda uma engrenagem oculta composta por órgãos secretos do governo, militares e, por vezes, sociedades inteligentes extraterrestres, que mantêm contato com representantes terrenos para realização de experiências e troca de tecnologia.
O que tornam essas teorias tão desacreditadas é a carência de fontes, supostos especialistas esbravejam suas idéias que muitas vezes são frutos de suas mentes perturbadas.
Felizmente existem pessoas como Naomi Klein, que nos prova que existe muito mais coisa entre o céu e a terra do que pode supor nossa vã filosofia. Ela mostra, com todas as fontes citadas (reportagens de jornais, entrevistas, depoimentos, documentos secretos, e-mail entre outros) as reais intenções em diversos atos perpetrados pelo governo dos Estados Unidos, através de instituições como a CIA, FMI, Banco Mundial e OMC.
A invasão do Iraque não teve como objetivo a busca por armas de destruição em massa. Isso todos nós já acreditávamos, mas agora as provas estão aí, mostrando até que ponto a ganância pode guiar os atos de algumas pessoas. Em A Doutrina de Choque - A Ascenção do Capitalismo de Desastre, Naomi escamoteia a forma como o Iraque foi escolhido para ser o país pioneiro na estratégia de expansão do livre comércio no Oriente Médio, além das empresas que faturaram bilhões de dólares com a guerra.
A face mais cruel do apoio do governo estadunidense às ditaduras na América Latina da década de 80, nos países da União Soviética depois do fim da Guerra Fria, Indonésia, China, África do Sul, é revelada neste documento de leitura fundamental. O avanço da política neoliberal, com as corporações assumindo o papel do governo, aumentando a pobreza e a desigualdade social, diminuindo as liberdades civis e políticas de diversos países, tudo isso é detalhado no livro.
A política devassadora do FMI, que obriga governos a vender todos seus ativos, acabar com o salário mínimo, realizar cortes de despesas, demissões, boatos anônimos publicados em jornais que causam fuga em massa de aplicações estrangeiras de economias fragilizadas, sem falar em tortura e assassinatos, todos esses recursos foram utilizados para ampliar os domínios imperialistas dos Estados Unidos e seus comparsas.
Mais uma vez Naomi Klein publica uma obra rara, revelando o subtexto das notícias que absorvemos nos meios tradicionais de imprensa.
Na entrevista abaixo, Naomi Klein fala para o jornalista Lucas Mendes, da Globo News, sobre a diferença entre a esquerda nos Estados Unidos e nos países da América Latina, além de fazer comentários sobre o governo de Obama:
Neste extra (sem legenda) que não foi ao ar, Naomi critica Milton Friedman e a Escola de Chicago, aplamente abordados no A Doutrina do Choque:
Muito esclarecedor, e como já comentei aqui, é extremamente importante que conheçamos todos os lados das histórias para evitar a manipulação. Não estou dizendo qual lado é certo ou errado, apenas quero que tenhamos plena consciência na hora de escolher por quem lutar.
Agora leia um resumo da guerra do Iraque, seus reais motivos e como ela ocorreu:
O alvo
O Oriente Médio era a nova fronteira para o neoliberalismo estadunidense. Depois de conquistar mercados na América Latina (a partir da década de 70), Europa Oriental, África do Sul e Ásia (final da década de 80 e anos 90), os países árabes seriam os próximos a serem conquistados.
Mas por onde começar? Uma pesquisa de mercado foi feita para descobrir qual o melhor país a ser invadido e qual motivo teria maior aceitação pela opinião pública e pela população dos Estados Unidos. O resultado: a produção de armas de destruição em massa do Iraque. Tomo mundo sabe que essas armas nunca foram achadas.
A pré-invasão
A guerra midiática começou antes da invasão. Programas estadunidenses mostravam para a população as mais recentes tecnologias de guerra, reportagens revelavam o quão mal era Saddan e seu regime, preparando a opinião pública para o apoio à guerra e amedontrar os iraquianos, que recebiam as notícias através de parentes que moravam no exterior e antenas parabólicas.
A invasão
Os primeiros ataques foram direcionados para empresas de comunicação, como telefonia, rádio e TV. Depois as empresas de energia elétrica, deixando a população no escuro.
A ocupação
Esse é o maior problema. Vou tentar resumir em tópicos:
- As leis e, inclusive, a Constituição para o novo país foram feitas pelo governo dos Estados Unidos, sem participação dos iraquianos;
- Todas as estatais foram vendidas para empresas estadunidenses a preço de banana, que demitiram milhares de funcionários;
- As empresas iraquianas não participaram do processo de reconstrução;
- Até os trabalhadores na reconstrução eram estrangeiros, o número de nativos contratados foi muito pequeno;
- Empreiteiras estadunidenses que receberam bilhões de dólares para construção de escolas, hospitais, residências e outras instalações não completaram o trabalho, o dinheiro foi desviado e as poucas construções que saíram do papel estavam inacabadas;
- Milhares de funcionários públicos iraquianos foram demitidos (soldados do exército, médicos, professores, engenheiros, operários etc);
- Eleições distritais foram canceladas pelo exército de ocupação; entre muitos outros atos de barbárie.
Ou seja: as riquezas iraquianas estavam sendo saqueadas enquanto a população passava fome.
Claro que protestos começaram a surgir, tentando acabar com essa festa. Os protestos pacíficos nas portas da Zona Verde não surtiram efeitos, então começou a resistência armada.
Soldados demitidos levaram suas armas para casa e uma massa de desempregados sem perspectivas iniciou a tentativa de frustrar a farra dos Estados Unidos. Uma seqüência de prisões arbitrárias, torturas e assassinatos contra toda a população iraquiana, que fazia parte da resistência ou não, tentou calar a todos para que os saques estrangeiros continuassem.
O livro conta ainda, em detalhes, como se deu as operações neoliberais no Chile, Argentina, África do Sul, Polônia, Rússia, China, entre outros países.
Mais um livro que classifico como leitura obrigatória.
Leia também: Lançamento de A Doutrina de Choque.
O que tornam essas teorias tão desacreditadas é a carência de fontes, supostos especialistas esbravejam suas idéias que muitas vezes são frutos de suas mentes perturbadas.
Felizmente existem pessoas como Naomi Klein, que nos prova que existe muito mais coisa entre o céu e a terra do que pode supor nossa vã filosofia. Ela mostra, com todas as fontes citadas (reportagens de jornais, entrevistas, depoimentos, documentos secretos, e-mail entre outros) as reais intenções em diversos atos perpetrados pelo governo dos Estados Unidos, através de instituições como a CIA, FMI, Banco Mundial e OMC.
A invasão do Iraque não teve como objetivo a busca por armas de destruição em massa. Isso todos nós já acreditávamos, mas agora as provas estão aí, mostrando até que ponto a ganância pode guiar os atos de algumas pessoas. Em A Doutrina de Choque - A Ascenção do Capitalismo de Desastre, Naomi escamoteia a forma como o Iraque foi escolhido para ser o país pioneiro na estratégia de expansão do livre comércio no Oriente Médio, além das empresas que faturaram bilhões de dólares com a guerra.
A face mais cruel do apoio do governo estadunidense às ditaduras na América Latina da década de 80, nos países da União Soviética depois do fim da Guerra Fria, Indonésia, China, África do Sul, é revelada neste documento de leitura fundamental. O avanço da política neoliberal, com as corporações assumindo o papel do governo, aumentando a pobreza e a desigualdade social, diminuindo as liberdades civis e políticas de diversos países, tudo isso é detalhado no livro.
A política devassadora do FMI, que obriga governos a vender todos seus ativos, acabar com o salário mínimo, realizar cortes de despesas, demissões, boatos anônimos publicados em jornais que causam fuga em massa de aplicações estrangeiras de economias fragilizadas, sem falar em tortura e assassinatos, todos esses recursos foram utilizados para ampliar os domínios imperialistas dos Estados Unidos e seus comparsas.
Mais uma vez Naomi Klein publica uma obra rara, revelando o subtexto das notícias que absorvemos nos meios tradicionais de imprensa.
Na entrevista abaixo, Naomi Klein fala para o jornalista Lucas Mendes, da Globo News, sobre a diferença entre a esquerda nos Estados Unidos e nos países da América Latina, além de fazer comentários sobre o governo de Obama:
Neste extra (sem legenda) que não foi ao ar, Naomi critica Milton Friedman e a Escola de Chicago, aplamente abordados no A Doutrina do Choque:
Muito esclarecedor, e como já comentei aqui, é extremamente importante que conheçamos todos os lados das histórias para evitar a manipulação. Não estou dizendo qual lado é certo ou errado, apenas quero que tenhamos plena consciência na hora de escolher por quem lutar.
Agora leia um resumo da guerra do Iraque, seus reais motivos e como ela ocorreu:
O alvo
O Oriente Médio era a nova fronteira para o neoliberalismo estadunidense. Depois de conquistar mercados na América Latina (a partir da década de 70), Europa Oriental, África do Sul e Ásia (final da década de 80 e anos 90), os países árabes seriam os próximos a serem conquistados.
Mas por onde começar? Uma pesquisa de mercado foi feita para descobrir qual o melhor país a ser invadido e qual motivo teria maior aceitação pela opinião pública e pela população dos Estados Unidos. O resultado: a produção de armas de destruição em massa do Iraque. Tomo mundo sabe que essas armas nunca foram achadas.
A pré-invasão
A guerra midiática começou antes da invasão. Programas estadunidenses mostravam para a população as mais recentes tecnologias de guerra, reportagens revelavam o quão mal era Saddan e seu regime, preparando a opinião pública para o apoio à guerra e amedontrar os iraquianos, que recebiam as notícias através de parentes que moravam no exterior e antenas parabólicas.
A invasão
Os primeiros ataques foram direcionados para empresas de comunicação, como telefonia, rádio e TV. Depois as empresas de energia elétrica, deixando a população no escuro.
A ocupação
Esse é o maior problema. Vou tentar resumir em tópicos:
- As leis e, inclusive, a Constituição para o novo país foram feitas pelo governo dos Estados Unidos, sem participação dos iraquianos;
- Todas as estatais foram vendidas para empresas estadunidenses a preço de banana, que demitiram milhares de funcionários;
- As empresas iraquianas não participaram do processo de reconstrução;
- Até os trabalhadores na reconstrução eram estrangeiros, o número de nativos contratados foi muito pequeno;
- Empreiteiras estadunidenses que receberam bilhões de dólares para construção de escolas, hospitais, residências e outras instalações não completaram o trabalho, o dinheiro foi desviado e as poucas construções que saíram do papel estavam inacabadas;
- Milhares de funcionários públicos iraquianos foram demitidos (soldados do exército, médicos, professores, engenheiros, operários etc);
- Eleições distritais foram canceladas pelo exército de ocupação; entre muitos outros atos de barbárie.
Ou seja: as riquezas iraquianas estavam sendo saqueadas enquanto a população passava fome.
Claro que protestos começaram a surgir, tentando acabar com essa festa. Os protestos pacíficos nas portas da Zona Verde não surtiram efeitos, então começou a resistência armada.
Soldados demitidos levaram suas armas para casa e uma massa de desempregados sem perspectivas iniciou a tentativa de frustrar a farra dos Estados Unidos. Uma seqüência de prisões arbitrárias, torturas e assassinatos contra toda a população iraquiana, que fazia parte da resistência ou não, tentou calar a todos para que os saques estrangeiros continuassem.
O livro conta ainda, em detalhes, como se deu as operações neoliberais no Chile, Argentina, África do Sul, Polônia, Rússia, China, entre outros países.
Mais um livro que classifico como leitura obrigatória.
Leia também: Lançamento de A Doutrina de Choque.